A cantora Céline Dion decidiu se manifestar sobre sua rara condição neurológica, a síndrome da pessoa rígida, que foi diagnosticada em 2022 e a impediu de se apresentar nos palcos. Mas aí vem a pergunta de 2024: Céline Dion retornará aos palcos após doença?
Céline fez um retorno marcante na mídia ao estampar a capa da edição de maio da revista Vogue da França e abordar pela primeira vez sua luta contra essa doença. Ela compartilhou que, embora esteja lidando bem com a situação, precisa se dedicar intensamente a terapias físicas, atléticas e vocais cinco vezes por semana. A condição provoca rigidez muscular, dores intensas e compromete sua mobilidade.
A cantora canadense comentou: “Não derrotei a doença, pois ela permanece e sempre estará comigo. Estou na espera de um avanço médico que possa trazer uma cura, mas, por enquanto, preciso aprender a conviver com ela”.
Após o diagnóstico, Céline, agora com 56 anos, teve que cancelar diversos shows e esta foi sua primeira entrevista desde então. Quando questionada sobre se retornará aos palcos após doença, ela respondeu que ainda não sabe: “Ainda não tenho certeza, meu corpo me dará a resposta”.
Desde o anúncio de sua condição, Céline fez poucas aparições públicas. Uma delas foi no Grammy 2024, onde fez uma participação surpresa para entregar o prêmio de melhor álbum do ano a Taylor Swift por “Midnights”.
Recentemente, nas redes sociais, ela também revelou a produção de um documentário sobre sua vida, intitulado “I Am: Céline Dion”. Marque na agenda: 25 de junho é a data de lançamento do documentário no Prime Video, descrito por ela como “uma carta de amor aos meus fãs”.
O que é síndrome da pessoa rígida?
A síndrome da pessoa rígida é uma doença neurológica rara que se caracteriza principalmente pela rigidez muscular, afetando músculos do tronco, braços e pernas. Os sintomas mais comuns incluem rigidez muscular persistente, espasmos musculares involuntários e dor muscular intensa. Essa rigidez pode ser tão intensa a ponto de dificultar ou até mesmo impedir movimentos voluntários.
Em alguns casos, a síndrome pode se manifestar de forma assimétrica, afetando apenas um lado do corpo ou até mesmo apenas uma perna. Além dos sintomas musculares, alguns pacientes podem apresentar sensibilidade à luz, ruídos e estresse emocional, podendo desencadear ou intensificar os espasmos musculares. É importante destacar que a intensidade e a localização dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa, tornando cada caso único.
Os sintomas mais comuns são rigidez e espasmos musculares.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, essa síndrome afeta predominantemente mulheres e está frequentemente associada a doenças autoimunes como diabetes, vitiligo, anemia e tireoidite.
Causa da doença da pessoa rígida
A causa exata da doença da síndrome da pessoa rígida ainda é desconhecida, mas evidências apontam para uma resposta autoimune. Acredita-se que o sistema imunológico ataque erroneamente as células nervosas, principalmente no cérebro e na medula espinhal, levando à rigidez muscular característica da doença. Esta resposta autoimune pode estar associada a fatores genéticos ou a doenças autoimunes pré-existentes, como diabetes, vitiligo, anemia e tireoidite. A síndrome também é mais comumente observada em mulheres do que em homens, embora as razões exatas dessa disparidade ainda sejam desconhecidas.
Em relação ao tratamento, cada paciente é único, e apesar de existirem medicamentos que podem ajudar a controlar os sintomas, ainda não há uma cura definitiva. Para mais informações, consulte: Síndrome da pessoa rígida: o que é, sintomas, causas e tratamentos.
O tratamento da síndrome da pessoa rígida é direcionado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que não há cura definitiva para a doença. O tratamento geralmente envolve uma combinação de medicamentos para reduzir a rigidez muscular e os espasmos, fisioterapia para melhorar a mobilidade e a flexibilidade, e terapia ocupacional para ajudar o paciente a adaptar-se às atividades diárias. Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos imunossupressores para modular a resposta autoimune. Terapias complementares, como acupuntura e técnicas de relaxamento, também podem ser úteis para alguns pacientes.
Curiosidades:
- A síndrome da pessoa rígida foi descrita pela primeira vez na literatura médica em 1956.
- A doença é também conhecida como síndrome de Moersch-Woltman, em homenagem aos médicos que a identificaram.
- A prevalência da síndrome é estimada em cerca de 1 a 2 casos por milhão de pessoas.
- Embora rara, a síndrome pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças e idosos.
- O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a melhorar significativamente os sintomas e a qualidade de vida dos pacientes.