Morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa?

Morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa?

A mortalidade por doenças no fígado está crescendo no Brasil, e esse fenômeno alarmante merece uma análise detalhada das causas subjacentes. O fígado desempenha um papel crucial em várias funções do corpo humano, incluindo a desintoxicação, a produção de bile e o armazenamento de glicogênio, entre outras. Quando o fígado é afetado por doenças, como cirrose, hepatite e câncer, isso pode ter consequências graves para a saúde e até mesmo levar à morte. Veja agora sobre a morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa?

No Nordeste, a principal razão de óbito é a enfermidade alcoólica hepática. Por outro lado, no Sul e no Sudeste, o carcinoma hepático se destaca como o mais prevalente.

Além da localidade, fatores étnicos e de gênero desempenham um papel crucial. Homens, por exemplo, apresentam um risco substancialmente superior de falecer devido a doenças hepáticas em comparação com mulheres.

Entre os homens, as principais causas de morte incluem, em sequência, a patologia hepática, a cirrose e o câncer de fígado. Nas mulheres, o câncer de fígado é notavelmente proeminente, com uma tendência crescente de ano para ano.

Morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa?

Veja abaixo as doenças mais comuns no fígado:

Alcoolismo: O consumo excessivo e prolongado de álcool é uma das principais causas de doenças hepáticas no Brasil e em todo o mundo. O álcool pode levar à inflamação do fígado (hepatite alcoólica), cirrose e até mesmo ao câncer de fígado. O aumento do consumo de álcool, especialmente entre os jovens, contribui significativamente para o aumento da mortalidade por doenças hepáticas.

Hepatite viral: A hepatite viral, incluindo os tipos B e C, é uma causa importante de doença hepática crônica e pode levar à cirrose e câncer de fígado se não for tratada adequadamente. O acesso limitado a testes de diagnóstico e tratamentos eficazes para hepatite viral em certas regiões do Brasil contribui para o aumento da mortalidade por essas doenças.

Obesidade e síndrome metabólica: A obesidade e a síndrome metabólica estão associadas a um maior risco de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), uma condição na qual o acúmulo de gordura no fígado causa inflamação e lesão hepática. Com o aumento da prevalência da obesidade no Brasil, também aumenta a incidência de DHGNA e suas complicações, incluindo cirrose e câncer de fígado.

Morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa? Diabetes:

A diabetes tipo 2 é outro fator de risco importante para DHGNA e outras doenças hepáticas. O aumento da prevalência de diabetes no Brasil, em parte devido a mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida, contribui para o aumento da mortalidade por doenças hepáticas.

Fatores de estilo de vida: Além do álcool, outros fatores de estilo de vida, como o tabagismo, dietas pouco saudáveis, falta de atividade física e exposição a toxinas ambientais, podem aumentar o risco de doenças hepáticas. Esses fatores são cada vez mais comuns na sociedade brasileira e contribuem para o aumento da carga de doenças hepáticas e mortalidade associada.

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Morte por doenças no fígado cresce no Brasil. O que causa?

Acesso limitado aos cuidados de saúde: Em muitos casos, o acesso limitado aos cuidados de saúde, incluindo exames de rotina, diagnóstico precoce e tratamento adequado, pode resultar em doenças hepáticas não detectadas ou não tratadas, levando a complicações graves e aumento da mortalidade.

Desigualdades socioeconômicas: Desigualdades socioeconômicas podem influenciar a prevalência e o impacto das doenças hepáticas. Populações de baixa renda podem ter maior prevalência de fatores de risco, menor acesso aos cuidados de saúde e maior probabilidade de complicações graves devido às doenças hepáticas, contribuindo assim para o aumento da mortalidade nessas comunidades.

Políticas de saúde pública:

A falta de políticas de saúde pública eficazes para prevenir e controlar doenças hepáticas, incluindo campanhas de conscientização, programas de rastreamento e acesso universal a tratamentos, pois também pode contribuir para o aumento da mortalidade por doenças hepáticas no Brasil.

    Então, o aumento da mortalidade por doenças no fígado no Brasil é resultado de uma complexa interação de fatores, pois inclui o consumo excessivo de álcool, hepatite viral, obesidade, diabetes, fatores de estilo de vida, acesso limitado aos cuidados de saúde, desigualdades socioeconômicas e falhas nas políticas de saúde pública. Para enfrentar esse desafio crescente, é crucial adotar uma abordagem abrangente que envolva medidas preventivas, diagnóstico precoce e tratamento eficaz, juntamente com políticas de saúde pública destinadas a abordar os determinantes sociais e econômicos da saúde.

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